Nesta semana comemoramos o Dia do Artista, 24 de Agosto, e não poderíamos deixar de prestar nossa homenagem a alguns dos artistas que contribuíram para que a nossa Bela Pampulha se tornasse referencia turística no mundo. Nesta matéria vamos contar um pouquinho da história dos três principais artistas responsáveis pelo projeto arquitetônico da Pampulha: Oscar Niemeyer, conhecido por suas curvas inovadoras e pela grandeza de suas obras; Burle Marx, com suas ricas e incomparáveis paisagens; e Cândido Portinari, com seus painéis singulares. Não é a toa que o mirante em frente à Casa Kubitschek conta com um monumento que retrata os três gênios em tamanho natural. A obra da artista Vânia Braga foi construída para encantar ainda mais os turistas e moradores.
Confira abaixo a nossa lista dos tops três ilustres artistas que marcaram história na Pampulha. Boa leitura!
As curvas sinuosas de Niemeyer
Oscar Niemeyer (1907-2012) foi um renomado arquiteto brasileiro, responsável pelo planejamento arquitetônico de vários edifícios públicos de Brasília, a capital do Brasil, mas foi em Belo Horizonte, mais precisamente na Pampulha, onde ele projetou seu primeiro grande projeto. Em 1940, Niemeyer teve a oportunidade de conhecer, o então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek. Convidado pelo político realizou seu primeiro grande projeto, o Conjunto Arquitetônico para da Pampulha, bairro da capital mineira ainda em formação. O projeto hoje é formado por um Cassino (hoje museu), restaurante, clube náutico e a Igreja de São Francisco de Assis ou Igreja da Pampulha. Um dos maiores representantes da arquitetura moderna mundial, com mais de 600 obras pelo mundo, o artista nos deixou um legado reconhecido mundialmente e que atrai milhares de turistas do mundo todo, todos os anos.
As belas paisagens de Burle Marx
O espelho d’água da Pampulha já reflete o desenho original de dois jardins criados, na década de 1940, pelo paisagista e artista plástico Roberto Burle Marx (1909–1994), nascido em São Paulo, criado no Rio de Janeiro e autor de projetos, em Belo Horizonte, que entraram para a história do urbanismo e ganharam a admiração do mundo. Quem passa hoje em frente ao Museu de Arte (MAP), antigo cassino, e da Casa do Baile nota a diferença nos espaços públicos e pode ver melhor o traçado, as plantas e a integração entre concreto e tons da natureza.
Traço modernista Burle Marx chegou a Belo Horizonte pelas mãos do arquiteto Oscar Niemeyer (1907–2012), quando Juscelino Kubitschek (1902–1976) era prefeito (de 1940 a 1945). Antes de trabalhar na capital, ele passou por Cataguases, na Zona da Mata, Ouro Preto, projetando os jardins do Grande Hotel, e Araxá. Nos jardins mineiros, Burle Marx reuniu variedades de plantas da Amazônia, mata atlântica e cerrado e misturou cores como o amarelo das acácias e o roxo das quaresmeiras.
Os painéis singulares de Portinari
Um dos principais nomes do Modernismo, Candido Portinari (1903-1962) foi um famoso pintor brasileiro que deixou seu traçado em nossa Pampulha. Suas obras alcançaram fama internacional, entre elas, o painel Guerra e Paz, na sede da ONU em Nova Iorque, e a série Emigrantes, do acervo do Museu de Arte de São Paulo (MASP). Em 1944, foi convidado por Oscar Niemeyer para decorar a capela da Pampulha. Pintou também o “São Francisco” e as 14 cenas da “Via Sacra”, obra que ilustrou milhares de fotografias de turistas que passaram por ali. Fez também o mural do altar principal e os 14 pequenos quadros que retratam a Via Sacra.