Belo Horizonte já foi retratada em verso e prosa por grandes escritores. Entre os que fizeram uma homenagem poética à cidade estão nomes como Carlos Drummond de Andrade e Affonso Ávila. Eles escreveram sobre lugares e o dia-a-dia da cidade, em diversas épocas, e demonstram um grande amor por ela.
Lá na década de 20, o Centro de BH já inspirava os modernistas. Na sacada do Grande Hotel, que foi demolido e deu lugar ao edifício Maletta, Mário de Andrade fez a leitura de um poema que tinha acabado de escrever, “O Noturno de Belo Horizonte”.
Um dos grandes personagens foi mesmo a Pampulha. Carlos Drummond de Andrade, que estaria completando 120 anos de vida neste 31 de outubro, data também que se comemora o Dia Nacional da Poesia, falou dela em “A Lagoa”, escrita em 1931.”…Eu não vi o mar…Eu vi a lagoa. A lagoa, sim. A lagoa é grande e calma também. Na chuva de cores da tarde que explode a lagoa brilha, a lagoa se pinta de todas as cores. Eu não vi o mar. Eu vi a lagoa…”,escreveu o poeta itabirano.
Um dos grandes poetas do país, Affonso Ávila escreveu uma série de 31 poemas protagonizados por lugares marcantes da região, reunidos no livro “O Visto e o Imaginado”, lançado em 1990.
Outro escritor que dedicou várias linhas à região da Pampulha foi Ronald Claver, ganhador do Prêmio Cidade de Belo Horizonte. No poema “Pampulha”, ele escreve a “lagoa é a ilha da cidade do belo horizonte”, cercada por Juscelino, Guignard, Niemeyer, Lúcio Costa e Iemanjá, entre outros.
O compositor Tavinho Moura, integrante do Clube da Esquina, mostrou o seu lado poeta ao escrever “Pássaros Poemas: Aves na Pampulha”, focando apenas nas dezenas de espécies diferentes de pássaros que vivem no lugar, como a gaivota trinta-réis e a coruja-orelhuda.
Com tanta beleza e diversidade, não é difícil entender por que a Pampulha inspira tanto os poetas!