80 anos de encanto e imponência: A Pampulha celebra sua história com grandes atrações para a população

Às margens da Lagoa da Pampulha, ergue-se um conjunto de beleza rara. Fronteiras de arte, história e cultura, palco da história da cidade mineira. Lá está a Igrejinha de Niemeyer, com suas curvas ousadas. No Museu de Arte, obras de valores incalculáveis, telas, tintas, sonhos, talento. Em sua orla e ruas sinuosas, aqui e ali jardins e monumentos que encantam. Abrigo de muitos personagens da história, um lugar que é ponte do passado e presente.

Ao falar da Pampulha, não podemos deixar de citar duas importantes personalidades que contribuíram para a construção da identidade visual deste importante patrimônio de Belo Horizonte. Roberto Burle Marx, considerado um dos maiores paisagistas do mundo, foi responsável pela criação dos jardins que rodeiam a Lagoa da Pampulha. Com uma linguagem tropical e tropicalista, Burle Marx imprimiu em suas composições muita cor e exuberância, oferecendo uma harmonia singular com a arquitetura modernista das edificações projetadas por Oscar Niemeyer.

Já Athos Bulcão, artista que se consagrou como um dos principais azulejistas brasileiros, deixou sua marca irreverente e vanguardista nas obras que adornam a igrejinha de São Francisco de Assis e também no painel de azulejos que reveste a fachada do antigo Cassino, que hoje abriga o Museu de Arte.

Assim é a Pampulha, patrimônio mundial, um lugar onde se conecta vida e arquitetura. O Conjunto Moderno da Pampulha comemora 80 anos de história nesta terça, 16 de maio e para celebrar o aniversário em grande estilo serão realizadas uma série de ações na região como exposições, palestras e apresentações artísticas. A abertura da programação comemorativa será dia 17 de maio, com a inauguração da Exposição “Lugar imaginado, lugar vivido: 80 anos da Casa do Baile”, na Casa do Baile – Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design. A exposição, com curadoria de Guilherme Wisnik e Marina Frúgoli, percorre os 80 anos desse espaço ícone da cidade.

Além disso, durante todo o ano serão realizados eventos comemorativos com atividades culturais, exposições, ações de formação, encontros educativos, mostras, publicações, pesquisas, documentários, intervenções e apresentações artísticas, entre outras atrações. Toda programação é gratuita e está disponível no Portal Belo Horizonte.

Marcos recentes do Conjunto Moderno da Pampulha

Nos últimos anos, a Pampulha tem ganhado destaque pelas conquistas relacionadas à conservação e preservação de seus patrimônios. Uma das mais relevantes foi a concessão do título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, em 2016, que reconheceu a importância e a relevância histórica, cultural e arquitetônica da região.

Outra conquista recente foi a restauração da Casa do Baile, um dos mais importantes monumentos da Pampulha, que foi reaberta ao público em 2019 após dez anos fechada. A intervenção resgatou sua beleza original e a casa abriga hoje um museu com exposições temáticas sobre a região e a arquitetura modernista.

Além disso, em 2020 a Prefeitura de Belo Horizonte iniciou um projeto de revitalização da Lagoa da Pampulha, com o objetivo de aprimorar a qualidade da água e recuperar o ecossistema da região. O projeto inclui ações como a construção de tratamento e reuso de águas pluviais, limpeza das margens e a implantação de um parque linear.

Em 2022, outro grande marco para a população. Foram concluídas as obras da ciclovia ao longo da orla da Lagoa da Pampulha, conectando o Parque Ecológico à Igrejinha da Pampulha. O projeto visa incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte mais sustentável e saudável, além de proporcionar uma vista privilegiada da lagoa.

Essas e outras iniciativas como a do Condomínio Lares da Mata, um condomínio de casas com preservação da mata e nascente, são exemplos de valorização que têm contribuído para preservar os patrimônios da Pampulha, consolidando a região como um importante destino turístico e cultural de Belo Horizonte.

Scroll to Top