Noturno nos Museus começa hoje em BH

Prepare-se para uma noite de cultura e encantamento. Hoje, acontece mais uma edição do Noturno nos Museus, um dos eventos de maior destaque do calendário cultural de Belo Horizonte. Participarão 30 museus públicos e particulares da Capital, centros de Referência e centros de Memória que ficarão abertos em horário alternativo, das 18h às 23h, com uma ampla programação composta por mais de 70 atividades entre exposições de arte e históricas, exibição de filmes, apresentações de música, dança, teatro e outras linguagens artísticas.

Uma das novidades deste ano é o “Circuito Portinari”, criado para celebrar os 80 anos do Conjunto Moderno da Pampulha. A ideia é oferecer itinerário temático especial, com visitação aos painéis de um dos mais célebres artistas brasileiros: Cândido Portinari, distribuídos entre a região da Pampulha e do Centro de Belo Horizonte. A abertura oficial do Noturno nos Museus 2023 acontece às 17h30, no Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB), com a inauguração da exposição “Belo Horizonte Fora dos Planos”.

Toda a programação dos Museus Públicos Municipais é gratuita. Assim como nos anos anteriores, será disponibilizado transporte gratuito por meio de vans para que o público possa circular entre os Museus. A programação completa do Noturno nos Museus 2023 pode ser consultada no Portal Belo Horizonte.

Realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Municipal de Cultura, o Noturno nos Museus tem como objetivo fomentar e intensificar a presença e a relação do público com os Museus de Belo Horizonte, além de criar oportunidades de visitas noturnas ampliando o horário de funcionamento das Instituições e oferecendo uma experiência fora do cotidiano dos equipamentos culturais.

Para a secretária municipal de Cultura, Eliane Parreiras, o Noturno nos Museus é uma oportunidade única para o público conhecer e se apropriar destes espaços culturais tão importantes para a cidade. “O Noturno nos museus é um momento especial de fruição cultural quando o público pode vivenciar esses espaços museológicos de maneiras diferentes e inovadoras. Ao estender os horários de funcionamento, os museus podem atrair um público mais amplo e oferecer oportunidades para que diferentes grupos desfrutem da riqueza cultural e educacional que esses espaços oferecem. Com o Circuito Portinari, trouxemos também grandes parceiros para esse evento, como o CCBB e a Casa Fiat de Cultura, que contribuem com programação mais do que especial sobre a obra do mestre Portinari e ainda a arte urbana”, destaca.

A presidente da Fundação Municipal de Cultura, Luciana Féres ressalta que a variada programação do Noturno nos Museus foi pensada para agradar à grande diversidade de público. “Queremos lançar luz sobre todos os museus da cidade e oferecer às pessoas uma programação acessível e democrática. Cada museu participante preparou uma seleção especial de eventos e experiências, desde exposições de arte, mostras históricas, passando por grandes apresentações de teatro, música e até a realização de oficinas lúdicas voltadas para adultos e crianças. A noite terá um início muito especial com a abertura da exposição ‘Belo Horizonte Fora dos Planos’ que comemora os 80 anos do Museu Histórico Abílio Barreto, um museu de relevância nacional e um dos mais longevos do País. A mostra conta com mais de 400 itens em exposição, com destaque especial para o documento original da Planta Topográfica da Cidade de Minas, elaborado pela Comissão Construtora da Nova Capital, datado de 1895”, explica.

História

“Belo Horizonte Fora dos Planos” tem curadoria dos historiadores Carolina Marotta Capanema e Raphael Rajão Ribeiro, e vai celebrar os 80 anos do MHAB e propõe olhar a história do município a partir de um ponto de vista diferenciado, que vai além do mito da nova capital como cidade planejada, promovendo uma reflexão sobre as formas de vida que foram “apagadas” ao longo da história, a exemplo de resquícios do Arraial do Curral Del Rei ou elementos naturais como riachos e córregos removidos da paisagem ao longo dos anos. Estão em exposição registros de um cotidiano que sobreviveu ao processo de construção da nova capital de Minas Gerais, como artefatos originados em fazendas e povoados que existiam nesse território, ferramentas de trabalho e mobiliário. A exposição trata, ainda, da formação de Belo Horizonte como resultado do esforço de seus vários habitantes, como uma obra coletiva, uma transformação do espaço realizada por pessoas, mas também por elementos naturais: córregos, rochas, solo, animais e vegetação.

História da Capital com o olhar do comércio

Ponto Cultural CDL se une hoje a outros 57 equipamentos culturais de Belo Horizonte na oitava edição do Noturno nos Museus. A entrada é gratuita e não precisa de agendamento.

A programação, cultural e educativa, será especialmente desenvolvida para essa ocasião, entre elas, exposições, visitas mediadas e atividades que convidam o público a sair de casa e experimentar os museus de forma diferente.

A história da capital mineira com o olhar do comércio. Ao chegar ao Ponto Cultural CDL, equipamento do Circuito Liberdade que tem como mantenedora a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), o visitante percorre a “Galeria Rampa”, um espaço destinado à intervenção de artistas regionais, com ocupação dinâmica e temáticas ligadas direta ou indiretamente ao universo do comércio.

Após a rampa, o visitante é recepcionado pelo “Infovídeo”, que utiliza um mapa gráfico de Belo Horizonte como fio condutor para mostrar a força e a importância dos comerciantes no desenvolvimento da capital. O vídeo combina informações práticas, históricas e simbólicas ao ritmo de uma trilha sonora ágil e contemporânea.

Em seguida, a “Linha do Tempo”, que é dividida em três eixos (Brasil/Mundo, Comércio e Belo Horizonte), destaca fatos históricos relevantes entre as décadas de 1890 e 2010 e apresenta informações, tais como: população, PIB, greves, revoltas, planos econômicos e mudanças de moeda. Sobre a bancada são expostas moedas e diversas máquinas calculadoras adotadas ao longo das décadas.

Os “Vídeos Poéticos”, acima da linha do tempo, relacionam o ritmo da cidade ao comércio, o patrimônio arquitetônico do passado e do presente e a pujança do comércio nas regiões descentralizadas. Já o módulo “Comércio e a Cidade” fala sobre as relações construídas entre o comércio e a sociedade de Belo Horizonte, exibindo em 12 caixas cenográficas uma interpretação artística da relação entre as pessoas e os lugares, o homem e os objetos.

O presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, explica que no Ponto Cultural é possível relembrar e conhecer fatos marcantes que fizeram a capital mineira ganhar o título de metrópole ao longo dos anos.

O primeiro prédio considerado arranha-céu da cidade possuía dez andares. Conhecido como Edifício Ibaté, ele está localizado na Rua São Paulo, no Centro de Belo Horizonte, e foi construído em 1935, no estilo francês art-déco”, conta. “Em visita ao Ponto Cultural é possível apreciar sua foto, bem como uma réplica da primeira escada rolante que chegou à capital, ainda na década de 1960, e foi instalada no Edifício Arcângelo Maletta, reduto boêmio, gastronômico e cultural que também é destaque do Ponto”, completa.

As regiões da cidade são caracterizadas por abrigarem segmentos comerciais distintos.

O Barro Preto é o polo da moda, a avenida Silviano Brandão abriga as lojas especializadas em móveis, o Barreiro é conhecido pelas indústrias. Já Santa Teresa é um reduto de bares. Toda essa divisão é mostrada pelo Ponto em detalhes, fotos, representações de espaço e curiosidades.

O Ponto Cultural possui ainda um rico acervo de fotos, mapas e equipamentos que mostram o desenvolvimento econômico, geográfico e social de Belo Horizonte.

Fonte: Diário do Comércio

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